Um dia
desses andando na rua, vendo as pessoas conversando, sorrindo e se cumprimentando
me veio a cabeça esse assunto: As máscaras que usamos. Achei o termo “máscara” pesado,
mas foi o que mais se encaixou no contexto e na realidade dos fatos.
É fácil
falarmos que somos uma pessoa só, com uma personalidade e um jeito de ser, mas
aí é que está o erro. Somos diferentes em diversas situações e com diversas
pessoas. Em casa somos um, na rua somos outro, nas redes sociais também somos um pouco diferentes. Mas isso é errado? Talvez. Mas fiquei pensando... Quem não usa
máscara no dia a dia?
Às
vezes cumprimentamos certas pessoas por educação, mesmo quando não gostamos de
alguma delas. Numa entrevista de emprego, às vezes fingimos que estamos calmos,
quando na verdade estamos ansiosos e temerosos. Numa apresentação de projeto,
trabalho ou qualquer outra coisa queremos passar confiança no que estamos
falando quando, na verdade, não temos tanta confiança assim. Quem é que nunca esteve
em um lugar e quis ir embora, mas ficou para agradar alguém e fingiu que estava
tudo bem?
Enfim,
são nessas e outras situações que muitas vezes nos pegamos usando máscaras. Mas,
podemos dizer que até certo ponto usá-las torna nossa convivência mais
tranquila, nos proporciona ganhos e querendo ou não evitamos situações
desagradáveis.
No entanto,
devemos ficar atentos, pois muitas vezes exageramos na dose. Insistimos em usar
essas máscaras, mas a favor do outro. Para passar uma boa imagem, mostrar que
estamos felizes quando não estamos, mostrar segurança quando estamos precisamos
de uma “luz” divina para clarear nossa mente, mostrar bondade com os outros quando
somos falhos dentro da nossa própria casa. Enfim, queremos mostrar uma “persona”
que não somos para o outro nos aceitar, quando na verdade, temos que nos
aceitar.
Vivemos
em mundo que insiste em nos padronizar e nos modelar e quando nos damos conta,
estamos infelizes, pois passamos a priorizar o que os outros esperam de nós e
nos esquecemos de nós mesmos. Conheço pessoas que levantam pela manhã e vestem suas
roupas para seguirem com um trabalho no qual não se sentem nenhum pouco
satisfeitos, mas o fazem por mera pose ou para mostrarem algo a alguém. Eu
mesma já trabalhei assim; como já disse: quem nunca? Foram esses momentos que
me fizeram repensar o que estava fazendo da minha vida, carreira e afins. Sempre
é hora de mudar.
Vocês
perceberam o quanto são infinitas nossas máscaras? Para cada uma assumimos certos
comportamentos, mas que nem sempre representam o nosso verdadeiro desejo. Na
verdade, acho que um dos maiores desafios nessa vida seja o de tirarmos essas máscaras e sermos nós mesmos.
Beijos.
Amanda!
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